Pular para o conteúdo principal

A compra do Acre



Bandeira do estado do Acre

A Questão do Acre, como ficou conhecida, foi resolvida por um tratado de concessões de ambas as partes. A Bolívia cedeu o território do Acre, que pertencia a ela desde 1867, para o Brasil. O governo brasileiro, por sua vez, cedeu pequenas extensões de terra no Mato Grosso, pagou 2 milhões de libras esterlinas como indenização e se comprometeu a construir uma ferrovia que ligasse o Brasil à Bolívia. Era a famosa Madeira – Mamoré, que foi construída à custa da vida de muitos trabalhadores, até 1912. Os cavalos a que Morales se referiu ironicamente foram uma cortesia ao presidente boliviano, depois de fechar o acordo.

O Tratado de Petrópolis foi assinado em 1903, depois de anos de disputa entre habitantes dos dois lados da fronteira. A lei dava o território do Acre à Bolívia. No entanto, os bolivianos jamais haviam conseguido ocupar a área. Tendo em vista a riqueza do local, que era uma das áreas com maior capacidade de produção de látex, os brasileiros começaram a se apropriar do terreno. Era o auge do Ciclo da Borracha, e as seringueiras da região valiam muito dinheiro.

Pouco antes da virada do século, em 1898, os bolivianos tentaram expulsar os brasileiros. Houve resistência, mas a Bolívia conseguiu retirar os invasores. No ano seguinte, liderados por Luiz Galvez Rodrigues de Arias, uma personagem folclórica da história amazônica, os brasileiros tomaram o lugar de assalto novamente. Mais do que isso, declararam a independência do Acre. O próprio governo brasileiro, que reconhecia a soberania boliviana no local, tratou de expulsar os aventureiros de lá.

Com o tempo, o conflito se acirrou e em 1903 o governo brasileiro achou por bem tentar dar uma solução definitiva ao problema Escalou nosso diplomata mais experiente em questões de limite, o Barão do Rio Branco, para fazer a negociação. No mesmo ano, depois de algumas tratativas, o acordo foi assinado.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

FATOS DO BRASIL IMPÉRIO QUE MUITAS PESSOAS DESCONHECEM

Imperador Dom Pedro II       • Quando D. Pedro II do Brasil subiu ao trono, em 1840, 92% da população brasileira era analfabeta. Em seu último ano de reinado, em 1889, essa porcentagem era de 56%, devido ao seu grande incentivo à educação, à  construção de faculdades e, principalmente, de inúmeras escolas que tinham como modelo o excelente Colégio Pedro II.           • A Imperatriz Teresa Cristina cozinhava as próprias refeições diárias da família imperial,  apenas com a ajuda de uma empregada (paga com o salário de Pedro II).           • (1880) O Brasil era a 4º economia do Mundo e o 9º maior Império da história.     • (1860-1889) A média do crescimento econômico foi de 8,81% ao ano.     • (1880) Eram 14 impostos, atualmente são 98.     • (1850-1889) A média da inflação foi de 1,08% ao ano.     • (1880) A moeda brasileira tinha o mesmo valo...

ANALISE COM FRIEZA

  (Foto:  Sérgio Lima/Folhapress) O pré-candidato Jair Bolsonaro pode ser perfeitamente definido como um fenômeno político extraordinário. Aclamado como mito por milhões de eleitores, o deputado tem sido alvo de críticas de 10 em cada dez veículos de comunicação e formadores de opinião. Jornalistas, artistas e políticos se desdobram para construir narrativas e críticas contra o parlamentar. Diante da dificuldade em apontar defeitos ou ilações, acabam apelando justamente contra suas qualidades. Neste momento da corrida eleitoral, é perfeitamente cabível afirmar que o candidato, que desponta como favorito para as eleições de 2018, é o único candidato que se fez sozinho, sem contar com a estrutura de grandes partidos ou o apoio de grupos empresariais. O que deixa seus rivais ainda mais enfurecidos é que Bolsonaro não tem nem marqueteiro, patrocinador ou militância de partido. O deputado é recebido por multidões em praticamente todos as regiões do país e saudado por mil...

Partidos Conservador e Liberal do Brasil Imperial

Interior do Palácio do Conde dos Arcos, primeira sede do Senado do Brasil, retratado na pintura de 1875 Juramento da Princesa Isabel, de Victor Meirelles Em 23 de julho de 1840, perante as Câmaras reunidas, D. Pedro de Alcântara foi declarado maior, prestou juramento e foi investido do poder, começando a exercer suas funções constitucionais. Estava terminado o Período Regencial e tinha início o Segundo Reinado. Com a maioridade de D. Pedro, os liberais que tinham sido os articuladores do projeto assumiram o Primeiro Ministério de D. Pedro II. Liberais e Conservadores, ou como eram...