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Mostrando postagens de abril, 2019

Império Alemão

Em 1933, com a ascensão do regime Nazista na Alemanha, a propaganda estatal começou a divulgar com bastante fervor a expressão "Terceiro Reich", dando a entender que, sob o comando de Adolf Hitler a Alemanha iria reviver seus dois períodos de maior destaque, ou seja, os dois momentos na história em que o país foi o centro de um vasto e diverso império (ou reich, em alemão). O Primeiro Reich seria o Sacro Império Romano-Germânico, existente entre 962 e 1806, fundado pelo monarca germânico Oto I, que tomava emprestado características tanto do Império Romano como do Império Carolíngio, tendo porém, a região da atual Alemanha como núcleo do estado. Já o Segundo Reich teria sido representado pelo Império Alemão (Deutsches Reich), existente entre 1871 e 1918, e que compreendia o território alemão unificado (um pouco maior do que o atual), além de vários domínios ultramarinos espalhados pela África, Ásia e Oceania. A Alemanha deste chamado "Segundo Reich", é obra

Monarquia Haitiana

Império do Haiti O Marechal Jean-Jacques Dessalines, ex-escravo e herói da independência haitiana, proclamada em 1 de janeiro de 1804 (primeira nação da América Latina a alcançar a independência), apoiado por simpatizantes proclamou-se imperador no dia 2 de setembro de 1804, de forma eletiva, como Imperador Jacques I, do Império do Haiti, e coroado pelo Arcebispo Jean-Baptiste-Joseph Brelle, no dia 8 de outubro do mesmo ano. Fortemente anti-francês, teve apoio maciço dos ex-escravos libertos. Massacrou mais de 5000 franceses que ainda resistiam, e se utilizou da mão de obra forcada para desenvolver a nação. Confiscou terras dos brancos e as distribuiu entre a oficiais e população. Considerada a primeira reforma agrária das Américas. No ano seguinte a independência, no dia 25 de fevereiro, o Imperador Jacques I, comandou aproximadamente 30.000 soldados numa investida contra o pais vizinho, a Republica Dominicana. Após breves vitórias cercam a capital Santo Domingo, que recebem

Revolta dos Malês

Hoje parece algo inusitado pensar em uma república islâmica no ocidente, ainda mais na América Latina que foi colonizada por portuguêses e espanhóis em sua maioria, que são nações católicas e catequizaram os povos de suas novas terras, mas isso foi quase possível no século XIX. A Revolta dos Malês, ocorrida em Salvador, Província da Bahia, na noite de 24 de janeiro de 1835, durante o Brasil Império, mais precisamente durante o Período Regencial (1831 a 1840), representou uma rápida rebelião organizada pelos escravos de origem islâmica (sobretudo das etnias hauçá e nagô), os quais buscavam principalmente a liberdade religiosa, contudo foi reprimida pelas tropas imperiais. Contexto Histórico Em meados do século XIX, muitas revoltas ocorreram no país (Cabanagem, Sabinada, Balaiada, Farroupilha, Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates), decorrente do descontentamento de grande parte da população, donde os escravos envolvidos buscavam o fim do trabalho forçado, das humilhações,

Tiradentes: o herói fabricado

 Joaquim José da Silva Xavier, conhecido na história como Tiradentes, foi enforcado e esquartejado no dia 21 de abril de 1792. Em 1965, foi proclamado Patrono Cívico da Nação Brasileira pela Lei 4.867 e é a única pessoa do país homenageada com um feriado na data de sua morte. Do século 18 para cá, muitas histórias se construíram ao redor da figura do mártir e da Inconfidência Mineira, revolta colonial da qual participou. Mas o que é mentira e o que é verdade na história desse personagem histórico? Elencamos dez afirmações recorrentes quando se fala desse momento do Brasil. Apenas uma é real. Veja se você consegue descobrir: 1) Os inconfidentes lutaram pela Independência do Brasil; 2) O grande motivo da Inconfidência Mineira foi a cobrança de impostos sobre o ouro retirado das minas; 3) A Inconfidência Mineira foi o movimento separatista mais importante do Brasil; 4) Conhecemos Joaquim José da Silva Xavier como Tiradentes por que ele tinha o título de dentista; 5) Era l

Brasil Holandês

Como foi a ocupação holandesa no Brasil? O holandês Maurício de Nassau ajudou a modernizar Recife, mas foi forçado a voltar para a Europa em 1644 Antes mesmo de ocupar parte do Nordeste, os holandeses já atuavam na economia do Brasil. Com apoio de Portugal, eles haviam investido no maquinário de processamento da cana-de-açúcar e cuidavam de parte do refino. A parceria entre os países acabou em 1580, quando a Espanha aproveitou um vácuo de poder em Lisboa e incorporou o reino português (e suas colônias). Os espanhóis romperam o acordo sobre a produção de açúcar, que rendia bons lucros aos holandeses. Isso azedou ainda mais a relação entre os dois povos, que já era ruim porque, em 1581, a Holanda, ex-colônia da Espanha, conseguiu sua independência. A invasão do Brasil em 1624 foi quase uma “revanche”, integrando uma série de conflitos entre as duas nações. A primeira investida militar dos Países Baixos contra o Brasil foi em Salvador. Durou apenas um ano, entre maio de 1624 e

Por que o Nazismo é odiado e o Comunismo não?

Quando pessoas descrevem indivíduos ou regimes maus, por que eles usam os termos ”Nazista” ou ”fascista”, mas quase nunca ”comunista”? Dado o incomparável sofrimento humano que comunistas causaram, por que ”comunista” é um termo bem menos repulsivo que ”nazista”? Comunistas mataram 70 milhões de pessoas na China, mais de 20 milhões na União Soviética (sem contar cerca de 5 milhões de ucranianos), e quase 1 a cada 3 cambojanos. Comunistas escravizaram nações inteiras na Rússia, Vietnã, China, Leste Europeu, Coreia do Norte, Cuba e parte da Ásia Central. Eles arruinaram as vidas de mais de um bilhão de pessoas. Então, por que o Comunismo não tem uma reputação terrível como o Nazismo? Razão número 1: Simplesmente existe ignorância generalizada sobre o Comunismo. Considerando que tanto a direita e esquerda detestam o Nazismo e ensinam sua história maligna, a esquerda (não liberais tradicionais como Harry Truman ou John F. Kennedy) nunca repudiou o Marxismo. E, já que a esquerda do

O problema Mourão

Se fosse presidente, Mourão disse que ‘escolheria outras pessoas’ para o governo. ‘Talvez, pela minha personalidade’. ‘Se governo errar: conta irá para Forças Armadas'. Diferença com Geisel: ‘Eu fui eleito'. O vice-presidente Hamilton Mourão disse neste domingo (7) que se fosse presidente da República “escolheria outras pessoas” para trabalhar no governo. “Talvez, pela minha personalidade, eu escolheria outras pessoas pra trabalhar comigo, só isso”, declarou, após ser questionado sobre o que teria feito de diferente do presidente Jair Bolsonaro nos primeiros 100 dias de gestão. O general Hamilton Mourão, vice de Jair Bolsonaro, a despeito do que nossos costumes e leis digam sobre o que lhe compete no governo, parece querer reencenar, dentro de um quadro histórico totalmente diverso, o modelo de governo de duas coroas como se via nos povos da antiguidade mediterrânica. Talvez o general, ainda com a alma na caserna, não tenha conseguido digerir o revés hierárquico qu

Coréia do Sul e seu exemplo na educação

Em menos de 40 anos, a Coréia do Sul deixou o grupo dos países mais pobres do mundo para se tornar um dos mais avançados tecnologicamente.  Um dos segredos do ''milagre'' sul-coreano foi priorizar a educação como política de governo. E a mentalidade é continuar o trabalho de modernização. A partir dos anos 1990, após atingir a universalização de um ensino de boa qualidade, o governo do país decidiu realizar uma nova reforma em seu sistema educativo a fim de aproveitar as oportunidades proporcionadas pela sociedade de informação. O objetivo é investir desde as escolas primárias a fim de colocar a sociedade sul-coreana – cuja renda per capita hoje é mais que o dobro da brasileira, mas menos do que um terço da americana – na vanguarda dos próximos avanços tecnológicos. O governo sul-coreano afirma que, no ano 2000, a primeira parte do projeto já foi cumprida: instalar pelo menos um laboratório de informática em cada escola primária e secundária do país.  Segun

O que Israel pode nos ensinar?

 A força de Israel no agronegócio é historicamente reconhecida. Com apenas 20% do solo arável, o País conquistou notoriedade global no setor ao transformar uma região totalmente inóspita em uma terra fértil para diversas culturas de frutas, legumes e flores e também para pecuária, especialmente na produção de leite. A tradição do povo israelense no campo é uma herança social e política, datando do início do século passado, quando comunidades sustentadas pela agricultura se organizaram nos chamados kibbutz e moshav, que foram as sementes para o desabrochar de uma nação líder em tecnologias de ponta, como o desenvolvimento de sistemas de dessalinização da água do mar e de irrigação e a criação de novas variedades de sementes e plantas. Com o avanço da indústria digital, Israel não perdeu tempo (nem terreno) para adubar uma nova revolução nas fazendas que está sendo agora capitaneada por inovações disruptivas como a Internet das Coisas, a Inteligência Artificial, a computação e