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Mostrando postagens de junho, 2019

República Juliana

A Guerra dos Farrapos aconteceu após Porto Alegre ser dominada, em 1835, por Bento Gonçalves. No ano imediatamente posterior, os insurgentes declararam pública e solenemente constituída a República Rio-Grandense, cuja capital instalou-se na vila de Piratini. Não demorou muito para que esta revolta se estendesse pelo sul do país, chegando até Santa Catarina, local em que foi aclamada a República Juliana, a qual contou com a ajuda de Davi Canabarro, por terra, e Giuseppe Garibaldi – líder revolucionário naturalizado italiano –, por mar, transformando sua participação no movimento em um feito heróico para a história catarinense. Várias medidas foram tomadas, entre elas a convocação de eleições, da qual saiu vitorioso o coronel Joaquim Xavier Neves. Tal vitória não foi aceita pelos agitadores gaúchos, que acabaram por nomear para seu lugar o Padre Vicente Ferreira dos Santos Cordeiro, então derrotado nas eleições. Eles escolheram Laguna como Capital interina da República Ju

O que é ser conservador?

“ O conservador pensa na política como um meio de preservar a ordem, a justiça e a liberdade. O ideólogo, pelo contrário, pensa na política como um instrumento revolucionário para transformar a sociedade e até mesmo transformar a natureza humana. Na sua marcha em direção à Utopia, o ideólogo é impiedoso. ”  Russell Kirk (1918 – 1994), teórico político americano O  conservadorismo  é um pensamento político que defende a  manutenção das instituições sociais tradicionais  – como a família, a comunidade local e a religião -, além dos usos, costumes, tradições e convenções. O conservadorismo enfatiza a continuidade e a estabilidade das instituições, opondo-se a qualquer tipo de movimentos revolucionários e de políticas progressistas. Mas é importante entender que o conservadorismo não é um conjunto de ideias políticas definidas, pois os valores conservadores variam enormemente de acordo com os lugares e com o tempo. Por exemplo, conservadores chineses, indianos, russos, africano

Porque a mídia ignora o massacre de cristãos?

O cristianismo hoje é a religião mais perseguida que existe. Provavelmente sempre foi. No entanto, não há dúvida nenhuma de que o cristianismo passa pelo período de maior perseguição de toda a história, sendo hoje a crença religiosa mais hostilizada do globo terrestre, proscrita em aproximadamente cinquenta países. Cristo disse que isso aconteceria no período que chamou de últimos dias, a terminação do sistema de coisas. “Sereis pessoas odiadas por todas as nações, por causa de vossa lealdade a mim.” (Mateus 24:9). Consoante a este fato, o desprezo pela vida humana, especialmente quando crenças ou ideologias políticas totalitárias estão lutando arduamente para tornarem-se supremas e soberanas em um determinado território, sociedade ou país, como é o caso da China, por exemplo, fica evidente quando centenas de cristãos são brutalmente assassinados em decorrência de suas crenças religiosas, mas absolutamente ninguém na mídia mainstream nacional e internacional,e é importante enfatiz

O Senado contra o povo

Democracia é quando prevalece a vontade da maioria, e a maioria é a favor do armamento. Votaram a favor da queda do Decreto, os senadores que andam armado ou que tem segurança armado 24h por dia. O Decreto que flexibiliza a Posse e o Porte de Armas foi derrubado ontem no Senado. O Brasil perdeu, pois dos 60 mil homicídios que ocorrem todos os anos no Brasil, 80% das vítimas estavam desarmadas, dos 20%, a maioria foram confrontos entre policiais e bandidos, destes, 20% dos assassinatos foram de policiais. A maior taxa de assassinatos no Brasil ocorrem por latrocínios, onde os dois maiores casos são roubo de moto e de saidinha de banco. Não vai ter jeito, precisaremos desmistificar muitas coisas antes da Revogação do Estatuto do Desarmamento, mas uma coisa é certa, esta pauta precisa ser inserida como uma das prioridades nas manifestações que ocorrerão no dia 30 de junho. O povo elegeu Bolsonaro para ter seu direito de defesa garantido. Senado não representa a vontade do povo.

Suriname e Guiana, dois esquecidos na América do Sul

Suriname Antiga colônia holandesa, o Suriname foi colonizado também por britânicos e passou por período de ditadura militar após a independência. A região do Suriname era habitada por índios aruaques, tupis e caraíbas antes da chegada dos espanhóis no século XV. Os ingleses foram os primeiros que se estabeleceram nesse território como colonizadores. A Inglaterra, em 1667, cedeu o território à Holanda e, em troca, ficou com a cidade de Nova Amsterdã (atual New York, nos EUA). Somente após o Congresso de Viena (reunião feita pelos países que derrotaram Napoleão Bonaparte) é que a Holanda se firmou no poder do Suriname. Os holandeses plantaram cana-de-açúcar e, mais tarde, café. Eles utilizaram a mão de obra escrava, a qual foi substituída em 1863, com o fim da escravidão, e, em seu lugar, passaram a utilizar a força de trabalho de imigrantes indianos, indonésios e chineses. O surgimento de uma consciência nacional foi impedido por conflitos entre as diversas etnias. Em 1975,

Moro herói nacional

Pobre do país que precisa de heróis, disse Brecht. Discordo. Entendo que o papel de heróis, reais ou mitológicos, é fundamental para forjar uma nação livre e próspera, para servir como um norte, uma liderança que motiva os cidadãos comuns. Penso que o verdadeiro problema não é ter heróis, mas sim escolher os heróis errados. Se o herói for Macunaíma, aquele sem caráter, um ditador como Vargas, ou um bandido como Lula, aí sim a sociedade estará em perigo. Mas se Lula foi o herói de muitos por algum tempo, hoje só lhe restou o apoio de uma militância desesperada com o risco de perder suas boquinhas, ou então daqueles muito alienados que encaram o PT como uma seita religiosa. O verdadeiro herói brasileiro hoje é o juiz Sergio Moro, e isso fica claro pela recepção que ele tem por onde passa.  Moro foi ovacionado de pé por uma multidão, tratado como um ídolo de rock. Merecido. É fato que, como lembrou o juiz italiano que liderou a Operação Mãos Limpas, feliz é o país que não pre

Por que a maioria dos escudos dos times da Espanha tem a coroa no desenho?

A coroa sinaliza que clubes apoiam (ou recebem apoio) da Casa Real Espanhola. A origem desse apoio, porém, é mais complexa e necessita de um mergulho na própria história do futebol daquele país para entendê-la. É importante ressaltar que a presença da realeza no futebol espanhol não é notória apenas na coroa, estilizada ou não, no escudo dos clubes, mas na própria adoção do nome ‘Real’ em várias agremiações (Real Madrid, Real Betis, Real Valladolid, Real Zaragoza, entre outros), Federações Territoriais e na própria denominação da Federação Espanhola (Real Federación Española de Fútbol). No final do século XX, a tauromaquia era a diversão nacional na Espanha. Em contraposição a essa atividade, fortemente arraigada na cultura do país, cidades portuárias (ou bem próximas a portos) permitiam grande conexão internacional, principalmente com os britânicos, recebiam e adotavam as novidades vindas da grande ilha, entre elas esportes criados ali, como o cricket e o futebol. Era

Estratégia das tesouras

Esta “Estratégia das Tesouras” na dialética de Hegel e Marx (para não se falar da astúcia de Lênin e das sutilizas de Gramsci) intenta, usa e cria em jogar com as contradições não somente no plano teórico, mas no de ação prática para se atingir um objetivo que no caso seria a conquista e permanência no poder. Lênin sempre falou e praticou esta política da "Estratégia das Tesouras". Que consistia em ter dois partidos comunistas sempre dominando o cenário político, midiático, econômico e social do país. Um com viés autoritário/estatal, por exemplo, e o outro ou com viés mais ameno ou democrático/apaziguador. O líder comunista Josef Stalin, que governou a União Soviética de 1920 até a sua morte em 1953 continuou a prática. A "Estratégia da Tesoura", portanto, consiste num diversionismo, onde a briga (pseudo-brigas e falsas discórdias) entre dois partidos de esquerda polariza o eleitorado, fazendo com que saiam de cena, empurrados pelos holofotes tão

Dom Pedro I rei da Grécia?

Em 28 de Maio de 1453, Constantinopla é conquistada pelo Império Otomano e cai o Império Romano do Oriente onde estavam incluídas as regiões da Hélada que acabariam por ser conquistadas uma após outra, muito pela acção da frota do pirata Barba Roxa que chegou mesmo a almirante da armada turca. Porém, nunca os gregos se adaptaram à dominação turca que os reduzira praticamente à escravidão, e desde o início lutaram pela sua independência, mas não por uma Nação grega, pois não havia um conceito de nacionalidade grega. Após cerca de quatrocentos anos de domínio opressivo turco, nas últimas décadas do século XVIII, a Czarina da Rússia, Catarina a Grande decidiu promover a Causa dos gregos que tal como os russos eram cristãos ortodoxos. Apesar da recusa dos países ocidentais em colaborar com as insurreições das antigas províncias do comummente chamado Império Bizantino contra o Império Otomano, na região dos Balcãs começaram a nascer os primeiros eivos de liberdade. Mas o que mais cont