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Suriname e Guiana, dois esquecidos na América do Sul


Suriname

Antiga colônia holandesa, o Suriname foi colonizado também por britânicos e passou por período de ditadura militar após a independência.
A região do Suriname era habitada por índios aruaques, tupis e caraíbas antes da chegada dos espanhóis no século XV. Os ingleses foram os primeiros que se estabeleceram nesse território como colonizadores.

A Inglaterra, em 1667, cedeu o território à Holanda e, em troca, ficou com a cidade de Nova Amsterdã (atual New York, nos EUA). Somente após o Congresso de Viena (reunião feita pelos países que derrotaram Napoleão Bonaparte) é que a Holanda se firmou no poder do Suriname.

Os holandeses plantaram cana-de-açúcar e, mais tarde, café. Eles utilizaram a mão de obra escrava, a qual foi substituída em 1863, com o fim da escravidão, e, em seu lugar, passaram a utilizar a força de trabalho de imigrantes indianos, indonésios e chineses.

O surgimento de uma consciência nacional foi impedido por conflitos entre as diversas etnias. Em 1975, o país tornou-se independente, quando trocou o nome de Guiana Holandesa para Suriname. Na maior parte da década de 1980, o país foi governado por uma ditadura militar.

A Holanda e os Estados Unidos cortaram a ajuda ao país após 15 civis serem assassinados pelo governo, o que fez o país entrar em uma crise econômica. No ano de 1987, ocorreu o fim da ditadura, porém, em 1990, ela volta a assumir o poder após um novo golpe.

Em razão de uma forte pressão internacional, em 1991, houve eleições. Em 2001, Guiana e Suriname firmaram um acordo para a exploração conjunta do petróleo e gás, os quais se encontram em uma área disputada pelos dois países.

Dados do Suriname:

Extensão territorial: 163.265 km².

Localização: América do Sul.

Capital: Paramaribo.

Clima: Equatorial chuvoso.

Governo: República presidencialista.

Divisão administrativa: 10 distritos.

Idiomas: Holandês (oficial), hindustâni, javanês, inglês, francês, crioulo, espanhol e chinês.

Religiões: Cristianismo 51,2% (católicos 23,9%, protestantes 18,7%, outros 8,6%), hinduísmo 17,2%, islamismo 13,7%, sem religião e ateísmo 4,9%, novas religiões 4,9%, espiritismo 3,5%, outras 4,6%.

População: 519.740 habitantes. (Homens: 260.481; Mulheres: 259.259).

Composição: Indianos 37%, eurafricanos 31%, javaneses 15%, afro-americanos 10%, ameríndios 3%, chineses 2%, outros 2%.

Densidade demográfica: 3,2 hab/km².

Taxa média anual de crescimento populacional: 0,9%.

População residente em área urbana: 75,3%.

População residente em área rural: 24,7%.

População subnutrida: 7%.

Esperança de vida ao nascer: 69,8 anos.

Domicílios com acesso a água potável: 92%.

Domicílios com acesso a rede sanitária: 82%.

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,646 (médio).

Moeda: Dólar do Suriname.

Produto Interno Bruto (PIB): 2,9 bilhões de dólares.

PIB per capita: 4.463 dólares.

Relações exteriores: Banco Mundial, Caricom, FMI, OEA, OMC, ONU.

GUIANA

Explorada por holandeses e britânicos durante o ciclo colonial, a Guiana tornou-se independente somente em 1966.

A região relativa à Guianacomeçou a ser colonizada em 1621 por holandeses da Companhia das Índias Ocidentais. A cana-de-açúcar era a sua base econômica na época.

O território passou ao domínio inglês em 1814. Os índios foram contratados para trabalhar na agricultura em 1838, após a libertação dos escravos. A Guiana obteve relativa autonomia em 1953, com a eleição de um primeiro-ministro.

Independência e atualidade

Nesse período, iniciaram-se os conflitos entre o partido dos asiáticos e dos negros. Somente em 1966 o país proclamou sua independência, no entanto, permaneceu como membro da Comunidade Britânica (grupo do qual faziam parte ex-colônias).

Em 1968, o governo eleito nacionalizou os principais setores da economia e aproximou-se do bloco socialista.

Após as eleições de 2001, os partidários dos dois maiores partidos do país enfrentaram-se nas ruas, e os conflitos tiveram a duração de meses.

Somente em 2003, o governo e oposição assinaram um acordo, que previa reformas políticas e a investigação da ação da polícia nas manifestações.

Dados da Guiana:

Extensão territorial: 214.969 km².

Localização: América do Sul.

Capital: Georgetown.

Clima: Tropical (ao norte) e equatorial (ao sul).

Governo: República com forma mista de governo.

Divisão administrativa: 10 regiões.

Idioma: Inglês (oficial), hindi, urdu.

Religião: Cristianismo, 51,4% (protestantes, 22%, católicos, 11%, anglicanos, 8,6%, independentes, 9,8%), hinduísmo, 32,8%, islamismo, 8,2%, outras, 5,6%, sem religião e ateísmo, 2%.

População: 762.498 habitantes. (Homens: 391.442; Mulheres: 371.056).

Composição Étnica: Indianos, 51%, afro-americanos, 30%, eurameríndios, 11%, ameríndios, 5%, outros, 3%.

Densidade demográfica: 3,5 hab./km².

Taxa média anual de crescimento populacional: - 0,06%.

População residente em área urbana: 28,37%.

População residente em área rural: 71,63%.

População subnutrida: 6%.

Esperança de vida ao nascer: 65,8 anos.

Domicílios com acesso a água potável: 93%.

Domicílios com acesso a rede sanitária: 81%.

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,611 (médio).

Moeda: Dólar da Guiana.

Produto Interno Bruto (PIB): 1,2 bilhões de dólares.

PIB per capita: 1.435 dólares.

Relações exteriores: Banco Mundial, Caricom, Comunidade Britânica, FMI, Grupo do Rio, OEA, OMC, ONU.

Referências:

https://www.estudopratico.com.br/significado-da-bandeira-do-suriname/

https://www.indexmundi.com/pt/suriname/

https://web.archive.org/web/20141113143359/http://www.statistics-suriname.org/index.php/statistieken/downloads/category/30-censusstatistieken-2012

http://hdr.undp.org/sites/default/files/2018_human_development_statistical_update.pdf

http://www.itamaraty.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=6436&Itemid=478&cod_pais=GUY&tipo=ficha_pais&lang=pt-BR

http://www.constitution.org/cons/guyana.htm

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