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Mudança de mentalidade e tecnologia: seleção feminina se reinventa por Tóquio 2020




Campeãs Pan-Americanas em Lima 2019, quebrando um jejum que vinha desde 1991. Bons jogos na AmeriCup e a medalha de bronze. Depois, a vaga no Pré-Olímpico Mundial após vitórias sobre Colômbia e Argentina em Bahía Blanca. Em pouco mais de seis meses, a seleção feminina de basquete "virou o fio", ganhou confiança e apesar de muito caminho pela frente, chega ao Pré-Olímpico de Bourges, na França, em outro momento, de crescimento e confiança.
A melhora é visível, e vários fatores ajudam a explicar a reviravolta positiva. A chegada de José Neto é uma delas. Com ele, vieram o preparador físico Diego Falcão e os auxiliares João Camargo e Virgil Lopez, isso só para citar apenas a parte técnica da comissão. Para Neto, contudo, o trabalho só foi possível pela entrega das meninas. Como exemplo, ele cita a semana de trabalhos em Belgrado, na Sérvia.
- Foi uma semana bastante produtiva. Conseguimos avaliar vários aspectos táticos que queríamos trabalhar mais próximos da competição, já com o time que irá jogar a competição. Foi válido para afinar e lapidar o que vamos usar no Pré-Olímpico. Foi uma semana muito produtiva, aproveitamos bastante - disse José Neto.

Quem também vê de perto toda essa melhora é o preparador físico Diego Falcão. É visível a entrega e dedicação das atletas, inclusive em períodos quando a seleção não está treinando. Nas festas de fim de ano, todas postavam vídeos arremessando ou na academia, mantendo os treinos e a programação repassada. O preparador físico sempre estava marcado nos posts.
- A principal mudança foi elas entenderem que para jogar em um nível maior, precisavam melhorar fisicamente, taticamente. Foi a conquista do basquete como um todo. Conversei com os preparadores físicos de todas as equipes. A conquista do Pan ajudou elas a entenderem que poderiam mudar de nível. Foi uma conquista do basquete brasileiro e ambição pessoal delas. A comunidade do basquete tem muito disso, todos os técnicos da LBF, preparadores físicos. Não posso falar que foi uma mudança estratégica minha, foi uma mudança da comunidade do basquete - explicou Diego Falcão, preparador físico da seleção brasileira.
Tecnologia nos treinos
Para melhorar a performance das atletas e acompanhar os treinos, a seleção passou a usar nesta etapa de treinos para o Pré-Olímpico, de maneira inédita, a plataforma "Catapult Sports", através de uma parceria. O programa quantifica todo o deslocamento das atletas, mas principalmente qualifica todas as ações dentro da quadra. Após os treinos, o preparador físico Diego Falcão baixa os dados do GPS no seu computador.
- Eu tenho acesso a intensidade, volume. E isso facilita o nosso controle e planejamento da sobrecarga de treino. Todos os grandes times da NBA, de futebol, usam, e também passamos a usar de forma inédita nesta janela de treinos, desde o dia 13 de janeiro, no Rio de Janeiro. Com esse equipamento, nós conseguimos ter uma exata noção para saber se o que planejamos para os treinos está sendo executado - explica Diego Falcão.
Na segunda-feira, às 14h (de Brasília), o Brasil faz um amistoso fechado contra a Sérvia, em Belgrado, sem a presença de público ou imprensa. A estreia no Pré-Olímpico de Bourges, na França, será no dia 6, às 14h, com transmissão do SporTV. No dia 8, o Brasil pega a França, às 16h30, e fecha o Pré-Olímpico no dia 9 contra a Austrália, às 10h. O torneio dá três vagas em Tóquio 2020.
- As meninas fizeram uma fase de treinamento muito boa no Rio de Janeiro. Estamos corrigindo erros. Vamos chegar bem na França para brigar por uma vaga olímpica - citou Damiris.
As novidades desta convocação ficam por conta da pivô Carolina e da armadora Alana. Lesionada, a pivô Nádia Colhado não pôde participar dessa etapa de treinos, assim como a pivô Stephanie Soares, com compromissos universitários nos Estados Unidos.

Foto: Divulgação/CBB
Fonte: CBB

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