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BOLSONARO NO DEBATE

 


Reprodução/TV Bandeirantes

Em um debate que ficou marcado pelas poucas provocações entre os candidatos, Jair Bolsonaro (PSL) foi o presidenciável mais contestado no encontro desta quinta-feira (9) promovido pela Band.
Em sua primeira pergunta da noite, Boulos escolheu Bolsonaro para responder e disse ao deputado que o Brasil todo sabe que ele é "machista", "racista" e "homofóbico", além de ter feito da política um "negócio em família".
Sem demonstrar alteração, o presidenciável do PSL permaneceu sentado e disse que não invade as casas dos outros nem leva terror às cidades, referência ao fato de Boulos ser líder do MTST (Movimento de Trabalhadores Sem Teto).
 Ele disse ainda em tom de ironia que pensou que tivesse ido ao debate para discutir política nacional. "Eu não vim aqui para bater boca com um cidadão desqualificado", declarou o presidenciável, que foi chamado de "farinha do mesmo saco" e representante da velha política corrupta" e abriu mão do tempo integral de sua tréplica. Os dois voltariam a se enfrentar no quarto bloco. Boulos disse que o capitão da reserva do Exército foi expulso da corporação "porque queria jogar bomba lá em algum lugar". Bolsonaro pediu direito de resposta - que não foi concedido, porque ainda era o seu próprio período de falar - e negou a acusação do candidato do PSOL.
"Colocar bomba, colocava a tua ex-chefe Dilma Rousseff, que matou gente inclusive", disse Bolsonaro. Boulos pediu direito de resposta, alegando que a ex-presidente petista nunca foi sua chefe, mas a organização negou.
 O candidato do PSL foi até mais longe, fazendo surpreendente tabelinhas com o senador Alvaro Dias, elogiando sua preocupação em abrir “a caixa preta” do BNDES, e com Cabo Daciolo, do Patriota. Bolsonaro parece, inclusive, já estar mirando numa potencial aliança para o segundo turno.
 Em vantagem nas pesquisas, Bolsonaro saiu do debate sem desgastar esse patrimônio. Uma recompensa para o único candidato que parece ter entendido que tipo de vantagem poderia tirar desse modelo de discussão. Não é pouca coisa, considerando o elevado número de eleitores indecisos que não sabem sequer se votarão em alguém.

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