Em menos de 40 anos, a Coréia do Sul deixou o grupo dos países mais pobres do mundo para se tornar um dos mais avançados tecnologicamente.
Um dos segredos do ''milagre'' sul-coreano foi priorizar a educação como política de governo. E a mentalidade é continuar o trabalho de modernização.
A partir dos anos 1990, após atingir a universalização de um ensino de boa qualidade, o governo do país decidiu realizar uma nova reforma em seu sistema educativo a fim de aproveitar as oportunidades proporcionadas pela sociedade de informação.
O objetivo é investir desde as escolas primárias a fim de colocar a sociedade sul-coreana – cuja renda per capita hoje é mais que o dobro da brasileira, mas menos do que um terço da americana – na vanguarda dos próximos avanços tecnológicos.
O governo sul-coreano afirma que, no ano 2000, a primeira parte do projeto já foi cumprida: instalar pelo menos um laboratório de informática em cada escola primária e secundária do país.
Segundo o governo, isso significa que há um computador para cada grupo de cerca de 17 estudantes no país.
Além disso, o governo afirma que computadores pessoais foram distribuídos para 340 mil professores.
Em uma tentativa de reduzir a vantagem dos mais ricos no acesso às novas tecnologias, alunos de baixa renda vêm recebendo aulas gratuitas para aprender a usar computadores.
Base
A nova estratégia sul-coreana tem um caráter notável por visar assimilar as últimas novidades tecnológicas ao sistema educacional.
Mas os investimentos em educação já duram várias décadas, e os resultados ultimamente vêm aparecendo a passos de gigante.
Após ter sido devastado por sucessivas guerras até a década de 1950, o país atingiu a universalização do ensino primário ainda nos anos 1970.
Em 1980, tinha 16% dos jovens em idade de freqüentar o terceiro grau matriculados em cursos universitários. Dez anos depois, essa proporção era de 39%, e em 1996 chegaria a notáveis 68%.
Mas nem só de quantidade vive o ensino sul-coreano: segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a qualidade dos professores é outra preocupação importante no país.
O resultado é que os salários dos professores sul-coreanos atingem o patamar mais alto, em relação à renda per capita, de todos os países da OCDE (grupo que reúne 30 dos países mais ricos do mundo).
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