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Reino da Romênia


Em 1866, o príncipe alemão Carlos de Hohenzollern-Sigmaringen foi apontado como príncipe para pôr um fim à rivalidade e luta pelo poder por parte das facções boyar romenas. Em 1877, a Romênia declarou independência do Império Otomano e, após uma guerra turca-romena-russa, sua independência foi reconhecida pelo Tratado de Berlim, 1878. Após a guerra a Romênia adquiriu Dobruja, mas foi forçada a ceder a Bessarábia meridional à Rússia. Carlos foi coroado como Carlos I, o primeiro rei da Romênia, em 1881.

O novo Estado, comprimido entre os grandes poderes dos impérios otomano, austro-húngaro e russo, voltou-se para o oeste, especialmente a França, em busca de seus modelos culturais, educacionais, militares e administrativos. Em 1916, a Romênia entrou na Primeira Guerra Mundial do lado da Entente. Ao final da guerra, os impérios austro-húngaro e russo haviam terminado; corpos governamentais criados na Transilvânia, Bessarábia e Bucóvina escolheram a união com a Romênia, resultando na Romênia Maior.

A Romênia Maior

A maioria dos governos pré-II Guerra Mundial da Romênia mantive a forma, mas não a substância, de uma monarquia constitucional liberal. O movimento nacionalista da Guarda de Ferro se tornou um fato político importante por explorar o medo do comunismo e o ressentimento de uma suposta dominação estrangeira e judaica da economia. Em 1938, para prevenir a formação de um governo que incluiria ministros da Guarda de Ferro, o rei Carlos II dissolveu o governo e instituiu uma ditadura real de vida curta.

Em 1939, a Alemanha e a União Soviética assinaram o Pacto de Molotov-Ribbentrop, que estipulava, entre outras coisas, o "interesse" soviético na Bessarábia.

Como resultado, em 1940 a Romênia perdeu territórios tanto no leste como no oeste: em junho de 1940, após dar um ultimato à Romênia, a União Soviética conseguiu a Bessarábia e Bucovina. Dois terços da Bessarábia foram combinados com uma pequena parte da U.R.S.S. para formar a R.S.S. Moldava. O restante foi entregue à R.S.S. Ucraniana. Em agosto de 1940, a parte setentrional da Transilvânia foi anexada à Hungria pela Alemanha e a Itália.

Como resultado da ratificação do rei Carlos II de entregar a Transilvâniasetentrional à Hungria, Dobrujameridional à Bulgária e a Bessarábia, Bugeac e Bucovina à U.R.S.S. em 1940, o general Ion Antonescu foi apoiado pelo exército para assumir o governo da Romênia. A Romênia entrou na II Guerra Mundial sob o comando do Wehrmachtalemão em junho de 1941, declarando guerra à União Soviética para recuperar a Bessarábia e Bucovina. A Romênia recebeu de Hitler o território entre Nistrue Rio Bug Meridional para administrá-lo como Transnistria.

Em agosto de 1944, um golpe liderado por rei Miguel, com o apoio de políticos de oposição e do exército, depôs a ditadura Antonescu e colocou os exércitos romenos sob o comando do Exército Vermelho. A Romênia sofreu pesadas baixas adicionais enfrentando o exército nazista na Transilvânia, Hungria e Checoslováquia.

Ao final da II Guerra Mundial, a Transilvânia setentrional retornou ao domínio da Romênia e adquiriu um status de autonomia, mas Bucovina, Bessarábia e Dobruja meridional não foram recuperadas. A R.S.S. Moldava se tornou independente somente em 1991, com o nome de Moldávia.

Fonte: Stan Stoica - Romania 1989-2005.Bucharest, 2005.
Susana Andrea, Ion-Aurel Pop (ed.) - History of Romania. Cluj, 2006.


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