A história é escrita pelos grandes vencedores, aqueles que se destacam pelo passar dos anos e ganham projeção e espaço. Mas nada é perfeito, sempre tem aqueles percalços e obstáculos no caminho que se superados servem de lição e aprendizagem para o futuro.
No futebol não é diferente, ninguém nasce gigante, somos uma soma de fatores e acontecimentos. Mas futebol também é paixão, uma relação de amor e ódio. Eu escolhi o São Paulo ou ele me escolheu eu já nem sei, mas sei que torço pra um dos maiores clubes do mundo, e não são palavras de um torcedor fanático e sim uma reflexão e análise da história desse time vencedor.
Por muito tempo o São Paulo foi exemplo para o futebol brasileiro, estrutura, organização dentro e fora de campo, o pioneiro em sócio torcedor no pais e em outros coisas também foi. Colhemos muitos frutos disso, uma sequência de títulos como uma Libertadores e Mundial e um inédito tricampeonato brasileiro e inúmeras revelações de craques para o futebol como Kaka, Casemiro e Hernanes entre muitos outros jogadores de renome internacional. Mas como tudo na vida é cíclico, a má fase chegou e veio de forma dolorida para uma torcida que se acostumou com muito. Primeiro foi eliminações para brasileiros na libertadores, depois deixamos de disputar ela e passamos a frequentar a copa do Brasil e ser eliminado precocimente e depois começamos a dar vexame no estadual e brigar pra não cair no Brasileirão, apenas sendo mais regulares na copa sulamericana onde fomos vencedores em 2012, nosso último título e chegamos nas semis de 2013 e 2014. Desde 2008 passamos por poucos períodos de alegria, um clube que era modelo de administração se tornou foco de noticias polêmicas nos bastidores e de exemplo, fomos sendo superados pelos rivais e paramos no tempo e acabamos obrigado a ver outros clubes triunfar nessa última década.
Mas como eu disse antes que tudo é cíclico, um facho de luz e esperança surgiu nos últimos meses. Raí e Ricardo Rocha e mais adiante Lugano tomaram conta do futebol do São Paulo e Leco que antes aparecia muito e atrapalhava mais ainda, saiu de cena e deixou os holofotes para os profissionais do futebol. O começo foi difícil ainda com Dorival, mas com a chegada de Diego Aguirre tudo se transformou. O torcedor tricolor voltou a ver em campo raça, nem sempre um bom futebol mas entrega até o final do jogo não falta mais, os atletas muitas vezes estão saindo de campo esgotados.
Não sei se nesse ano já teremos títulos, mas a mentalidade vencedora está de volta, os jogadores sabem o peso da camisa que vestem e o mais importante, o torcedor recuperou o orgulho de torcer novamente. Aqui é São Paulo!
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