CONTINUIDADE, ESTABILIDADE E UNIDADE: SÓ NA MONARQUIA

Recentemente a Rainha Elizabeth II do Reino Unido recebeu o Presidente dos Estados Unidos da América, Donald J. Trump, e sua esposa, a Primeira Dama Sra. Melania Trump, que estiveram em visita oficial ao Reino Unido e outros países europeus. O encontro se deu no Castelo de Windsor, uma das residências oficiais da Coroa Britânica, fora de Londres.

O Presidente Trump é o 13º mandatário americano com quem a Soberana britânica se encontra: Harry S. Truman, em 1951, quando ainda era a Princesa Elizabeth, um ano antes de sua ascensão; Dwight Eisenhower e Herbert Hoover (que governou de 1949 a 1953), em 1957; John F. Kennedy, em 1961; Richard Nixon, em 1969; Gerald Ford, em 1976; Jimmy Carter, em 1977; Ronald Reagan, em 1980; George H. W. Bush, em 1991; Bill Clinton, em 1994; George W. Bush, em 2003; e Barack Obama, em 2009. A única exceção foi Lyndon B. Johnson, que governou entre 1963 e 1969.

Neste ínterim, no Reino Unido, sucederam-se treze primeiros ministros, de Sir Winston Churchill a Theresa May. Mas a Soberana permaneceu no seu posto, ao longo dos últimos 66 anos; um símbolo de estabilidade e continuidade, verdadeira encarnação do espírito britânico, pairando acima da política partidária e garantindo que os representantes eleitos legislem de acordo com as legítimas aspirações do seu povo. Não importa a alternância entre conservadores e trabalhistas: a Coroa permanece a mesma.

Talvez seja isso que falte aos Estados Unidos, um fator de unidade, acima da polarização entre republicanos e democratas. E é certamente isso que falta ao Brasil... Ou melhor, que vem fazendo falta ao Brasil, há quase 129 anos.

Afinal, de 15 de novembro de 1889 até hoje, teríamos tido mais três Soberanos, que certamente teriam orientado sucessivos Presidentes do Conselho de Ministros, de diferentes colorações políticas, em projetos de longo prazo, visando o bem do povo brasileiro. E, com toda certeza, o Imperador também garantiria o bom funcionamento de nossas instituições e inibiria as más-tendências dos homens e mulheres públicos. Quantos males teriam sido evitados! Quantos absurdos de fato “nunca antes na história deste País” teriam acontecido... Felizmente, sempre dá tempo de mudar.